Governo alemão investirá em portos e aeroportos, bem como em áreas de infraestrutura voltadas para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016
Esse foi o primeiro compromisso público da presidente desde que ela teve diagnóstico de pneumonia, há uma semana. Visivelmente abatida, mais magra, com dificuldade respiratória e rouca, Dilma conseguiu ler a declaração até o fim. Depois, disse aos jornalistas que só voltará a falar com a imprensa quando estiver totalmente recuperada, na próxima semana.
— Apresentei ao presidente Wulff as novas oportunidades de investimento. Há expectativa de participação, dos investidores e da tecnologia alemã, também na construção de alta velocidade entre Rio e São Paulo — enfatizou ela, referindo-se ao trem bala.
A presidente destacou que o encontro serviu para reforçar a parceria estratégica firmada há uma década com a Alemanha na área de comércio e investimento. No ano passado, as relações comerciais entre os dois países somaram mais de US$ 20 bilhões.
— A Alemanha continua sendo nosso maior parceiro comercial na Europa e o Brasil, o maior mercado para as exportações alemãs na America latina — informou. — Há esforços para intensificar a diversificação do comércio bilateral, com agregação de valor às exportações brasileiras e com a incorporação de novos itens à balança comercial.
Setor energético
Segundo a presidente, o encontro entre os dois chefes de estado serviu também para ampliar a cooperação no setor energético, “em especial para assegurar a ampliação do uso de energias renováveis de parte a parte”. Ela lembrou que o Brasil promove o uso de etanol há mais de 30 anos, sem que isso tivesse efeito negativo sobre a produção de alimentos.
— Ao contrário, gerou milhares de empregos e permitiu que nós reduzíssemos a emissão de gases do efeito estufa numa área extremamente complexa, como é o caso da área de combustíveis e de transportes de massa — enfatizou.
O maior consumo de biocombustíveis, destacou Dilma, dará maior segurança em relação à crise energética do Brasil e estimulará a introdução dos biocombustíveis no plano internacional, em especial na Europa e na América do Norte.
— Ao mesmo tempo suportará o nosso compromisso (do Brasil e Alemanha) com o cumprimento de nossas metas de redução de gases do efeito estufa — acrescentou. — Esse será um novo capítulo de um empreendimento conjunto já existente, iniciado quando engenheiros teutobrasileiros desenvolveram a tecnologia do motor flex, que integra hoje mais de 90% dos automóveis brasileiros — explicou.
Dilma lembrou também que Brasil e Alemanha são parceiros “na defesa de uma ordem mundial mais justa, democrática e que respeita os direitos humanos”.
Em relação ao G-20, ela disse que, embora o pior momento da crise tenha passado, “todos nós concordamos com a necessidade de aprimoramento das governanças financeiras internacionais”. Ela aproveitou o discurso para alfinetar a política econômica protecionista dos Estados Unidos.
— Percebemos que países desenvolvidos, mas com crescimento fraco, têm adotado políticas monetárias extremamente expansionistas, com evidentes efeitos negativos sobre a inflação mundial.
Olá André,
Interessante esta notícia. Me fez lembrar de algumas notas publicadas na revista Exame (ed. 990, de 20/04/2011), onde são questionados os primeiros 100 dias de governo de Dilma Rousseff.
Política é algo complicado de se chegar a um acordo no que envolve avaliações de governos, porém pelo o que tenho acompanhado através da mídia, a presidente vem desempenhando um trabalho bastante sério e positivo (que fique claro: esta é a minha simples opinião).
Com relação direta a matéria apresentada: IED = valorização da moeda nacional = influência direta em taxas cambiais.
Um abraço, e parabéns pelo novo visual do blog.
Jean Amann
Olá Jean,
de fato, sua opinião é muito coerente. O que se comenta é da certa distância de nossa presidente, em algumas questões, e isto gera uma inquietação enquanto mercado. Mas sabemos que faz parte do contexto.
Obrigado pelo comentário,
abraços,
André Viana